terça-feira, 13 de março de 2012

11 Teses para a Universidade Indígena - por Maria Inês de Almeida


CURAR
O furo por onde passa o fluxo. Traço escrito. Linha e linhagem. O traço como um feixe, mil fios por onde passam energias. Uma coisa física, material. Tão concreta que forma um sujeito –  o do sonho, visível no mais distante. Visão da estrela cadente.


NEUTRALIZAR
Há um saber perfeitamente articulado, pelo qual, falando propriamente, nenhum sujeito é responsável.[1] O inconsciente. Nem individual, nem coletivo. O mundo: pode-se dizer com os indígenas. Desde que passa a existir, é marca corporal no terceiro, e acaba desaparecendo.
Tudo está bem articulado em diversas histórias.
Perder o sujeito é a que se dedica um ensino que é potência.


CONVIVER
Coreografia. A dança, a música, a poesia não se cansam de mostrar as possibilidades de convivência. Artes do humano: nós, humanos, as seguimos em suas linguagens, que demandam nossos sentidos. Mas nem só os ditos humanos são pessoas, cada espécie tem suas artes.
E há os que não classificam as espécies do mesmo modo que os cientistas.
Os mitos estão à disposição para ensinar outras biologias, matemáticas e medicinas.


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